A parametrização dos inversores pode ser a causa raiz de ineficiência e falhas em motores

Por muitos anos atuei em empresas prestadoras de serviços de manutenção corretiva e por diversas vezes me deparei com situações onde a parametrização de um acionamento de motor, realizada de forma inadequada, trouxe perdas e falhas totalmente evitáveis ao cliente.
Em uma dessas situações, uma empresa do ramo sucroalcooleiro acionou os técnicos da empresa por conta de uma queima por curto circuito no drive de uma das centrífugas de açúcar. Ao chegar no cliente, a equipe técnica precisou praticamente reconstruir o acionamento e comissioná-lo do zero. Alguns dias depois da realização do serviço, o cliente entrou em contato comigo solicitando uma nova assistência técnica, mas desta vez ele queria que o técnico que parametrizou o drive carbonizado reparametrizasse todos os outros alegando que a centrífuga que foi submetida ao reparo estava consumindo menos energia do que as demais. O técnico se dirigiu à Usina, reparametrizou os drives e gerou ao cliente um saving no consumo de energia. Por que isso? Simplesmente porque o técnico ajustou completamente o drive para trabalhar especificamente com aquele motor. Isso gerou otimização do consumo, acerto do fator de potência e ganho de vida útil tanto para o motor quanto para o inversor, ou seja, ganhos tangíveis e intangíveis ao cliente.
Em outro episódio, um cliente do ramo de bebidas vinha sofrendo com queimas recorrentes e, aparentemente, aleatórias de servomotores. Toda a instalação do cliente era impecável e ele não conseguia definir a causa raiz das queimas. Um técnico foi enviado à planta e, ao avaliar a parametrização dos servoacionamentos, percebeu que os ganhos dos controladores PID dos drives não estavam sintonizados adequadamente. Ele realizou a sintonia de todos, acertou todas as parametrizações e, depois dessas alterações, as “queimas sem motivo” cessaram.
O que quero demonstrar com esses dois cases é a importância de uma parametrização adequada em todos os acionamentos que você possui em sua planta. Com o boom tecnológico que tivemos no avanço da eletrônica analógica, digital e de potência, se tornou muito mais “simples” e comum regularmos as velocidades dos nossos motores. A cada dia mais temos inversores e conversores de frequência espalhados em nossos parques fabris. Será que todos eles estão instalados e parametrizados da forma mais otimizada possível?
Se você não sabe responder a esta pergunta, a Doda Engenharia pode te ajudar.
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